Rasguei-te de mim
Do meu tempo cansado
Rasguei-te do meu passado…
Rasguei as cartas que me enviavas
Em que me contavas histórias inventadas
E me rogavas para esperar um tempo que nunca teve um fim…
Rasguei a porta por onde entravas
Cantando-me… sublimes palavras
Tão só quando desejavas chegar-te a mim…
Rasguei o teu cheiro com que me ladeavas
Aroma forte… adocicado com que me inebriavas…
Suave nota de perfume jasmim…
Rasquei teus lábios de minha boca quando a beijavas
Ludibriando-me… enquanto me provavas
Para que não sobrasse mais do teu sabor dúbio em mim…
Rasguei teus braços com que me levavas
Para a cama… onde me deitavas
E me enleavas em deliciosos lençóis de cetim
Rasguei-te do intervalo do meu cansado tempo
Em que me rasgaste por fora e por dentro
E joguei-te num poço onde não lhe oiço o fim…
(mas oiço ainda… oiço… os ecos que gritam dentro de mim)
Bom dia
ResponderEliminarGostei muito da musica e do poema...fantástico
Bjs
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
um amor rasgado... tão possível, como o amor impossível... Muito bela a forma...
ResponderEliminarOlá Sandra estou de visita ao teu blog e ainda não tive tempo para ler muito, mas este poema " Rasguei-te de mim" gostei bastante!!
ResponderEliminarParabéns
um abraço
anacosta