Sei que sou
Feita de coisa fraca
Sou água que se encolhe
Ao sopro de uma boca
De fina casca que racha ao toque
Não sou barco nem navio, sou bote…
De receios e inconstâncias
Rompantes de devaneios
Vivo persistentemente
De arrependimentos alheios
Alheios porque não são meus
Mas os que julgo dever sentir
Porque aprendi como é o certo agir
Ignorando o que sinto querer ser
Sob pena de me arrepender
Da forma que me convir
E percebo em ti os olhares
De reprovação e julgamento
Por todos os meus delírios e amores
Por ousar experienciar o que trago cá dentro.
E respondo-te perguntando…
Terás tu próprio a coragem de assumir o que levas tu aí?
Sim…aí…
O que carregas TU aí dentro?
Por Sandra Lopes