Chove-me…
Chove-me agora…
Para que minhas palavras não sequem
Pelo tanto que minha garganta implora
Perguntando aos deuses… porque foste tu embora…
Chove-me…
Chove-me agora…
Para que meus dedos não murchem
Escrevendo-te em erguidos céus cinzentos
Os versos e sofreres apagados pelos ventos…
Chove-me…
Chove-me agora…
Para que meus pés mais não sangrem
Pelo tanto que riscaram em áridas areias
Destinos dissipados com o sangue que escorre de minhas veias
Chove-me…
Chove-me agora…
Para que minha alma não adoeça
Detida nas pedras onde espero o mar
Que te trará em suas ondas… e te farão ficar…
Chove-me…
Chove-me agora…
Banha-me de ti que mais não suporto esta tua demora…
Banha-me de ti que mais não suporto esta tua demora…
Por Sandra Lopes