terça-feira, 3 de abril de 2012

O despertar dos sentidos originais…



Num rasgo de consciência
Que desperta os sentidos originais
Vaguear pela libertação
Dos pedaços que chegam e parecem demais…


Livre… de pés descansos no chão
Correr entre bosques e areais
Sem destino e sem senão
Despertar para os detalhes fundamentais


Contemplar o sol… espiar a lua
Sentir o vento e sentir a chuva
Sem relógio e sem tempo
Desfrutar apenas de cada momento


Sentir os perfumes dos campos em flor
Rolar sobre os verdes mantos
Absorver os raios de luz e calor
Subir ao topo e rodopiar abraçando
O tudo e o nada de tudo o que deveras tem valor


Correr pelas praias na penumbra da noite até tombar
Sob o lençol de pirilampos celestiais
Ouvir as notas da imensidão do mar
Partilhar histórias até então confidenciais


Sair voando no dorso de um cavalo bravo
Rompendo planícies, rios e riachos
Ritmo solto… descompassado
Gritos de liberdade… sabores desenfreados


Gritos de liberdade… sabores desenfreados
Aceitar simplesmente o ser, sem pretensões
De todos encantar, sem pecados
Culpas, julgamentos ou objecções…


Por Sandra Lopes

in Pedaços de mim Soltos
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